Elevadores
Elevadores... que invenção magnífica. É que para além de permitirem aos mais preguiçosos não mexerem os seus joelhos para subir umas escadas, são também tubos- proveta para se analisarem certos comportamentos sociais que, de outra forma, dificilmente se verificariam.
Agora que já disse algumas palavras mais finas, cheguemos ao cerne da questão (não consigo parar).
Reparei no outro dia algo que um amigo meu me referiu logo a seguir:
Num elevador, ninguém olha em frente.
Temos aqueles indivíduos que olham para o chão, como que numa tentativa de encontrar uma lente de contacto perdida.
Temos também aqueles que olham para cima, admirando aquelas grades de ventilação e lâmpadas fluorescentes que iluminam o espaço, olhando sempre com um olhar bastante crítico, semelhante áquele verificados por gente que não dintingue um Chardonnay de uma copo de vinagre, quando prova um vinho num restaurante fino.
Temos também aqueles que, numa tentativa de parecer mais discretos, lêem com um ar muito interessado aquelas placas nas paredes, cortesia da Otis, Thyssen e demais, como que numa tentativa de saber de cor a lotação e peso máximo da máquina.
Tudo isto acontece devido a duas situações.
Se alguém for sozinho no elevador com gente que desconhece, olhá-los nos olhos assume um carácter de desafio primitivo, quase animal, sendo quase um pedido para despir o casaco e iniciar já ali uma recriação de uma qualquer cena de Rocky.
Se, por outro lado, a pessoa em questão for acompanhada por amigos para o elevador já povoado, um olhar nos olhos do amigo traz inevitavelmente uma gargalhada incontrolável, como só acontece nas situações menos próprias. Assim, todo o contacto visual num elevador é sempre algo a evitar.
Temos também outro acontecimento num elevador:
O cerco.
Falo-vos daquela situação em que, estando já o elevador cheio quando se entra e, tendo tomado todos os presentes as suas posições junto às paredes, resta apenas um local de pousio:
O meio.
Quando alguém é forçado a ficar no meio, o desconforto de um elevador cresce exponencialmente, tanto numa tentativa de não virar as costas a ninguém, como o ridículo de estar a ser observado jocosamente por todos os presentes.
Assim, o pobre desgraçado parece ter entrado num filme do mítico Steven Segal, em que todos os vilões formam um círculo para tirar a rifa para atacarem à vez o herói.
É giro pensar nestas coisas e lanço aqui um apelo para que sugiram e pensem em estratégias para superar este desconforto.
Zeca Peres
Agora que já disse algumas palavras mais finas, cheguemos ao cerne da questão (não consigo parar).
Reparei no outro dia algo que um amigo meu me referiu logo a seguir:
Num elevador, ninguém olha em frente.
Temos aqueles indivíduos que olham para o chão, como que numa tentativa de encontrar uma lente de contacto perdida.
Temos também aqueles que olham para cima, admirando aquelas grades de ventilação e lâmpadas fluorescentes que iluminam o espaço, olhando sempre com um olhar bastante crítico, semelhante áquele verificados por gente que não dintingue um Chardonnay de uma copo de vinagre, quando prova um vinho num restaurante fino.
Temos também aqueles que, numa tentativa de parecer mais discretos, lêem com um ar muito interessado aquelas placas nas paredes, cortesia da Otis, Thyssen e demais, como que numa tentativa de saber de cor a lotação e peso máximo da máquina.
Tudo isto acontece devido a duas situações.
Se alguém for sozinho no elevador com gente que desconhece, olhá-los nos olhos assume um carácter de desafio primitivo, quase animal, sendo quase um pedido para despir o casaco e iniciar já ali uma recriação de uma qualquer cena de Rocky.
Se, por outro lado, a pessoa em questão for acompanhada por amigos para o elevador já povoado, um olhar nos olhos do amigo traz inevitavelmente uma gargalhada incontrolável, como só acontece nas situações menos próprias. Assim, todo o contacto visual num elevador é sempre algo a evitar.
Temos também outro acontecimento num elevador:
O cerco.
Falo-vos daquela situação em que, estando já o elevador cheio quando se entra e, tendo tomado todos os presentes as suas posições junto às paredes, resta apenas um local de pousio:
O meio.
Quando alguém é forçado a ficar no meio, o desconforto de um elevador cresce exponencialmente, tanto numa tentativa de não virar as costas a ninguém, como o ridículo de estar a ser observado jocosamente por todos os presentes.
Assim, o pobre desgraçado parece ter entrado num filme do mítico Steven Segal, em que todos os vilões formam um círculo para tirar a rifa para atacarem à vez o herói.
É giro pensar nestas coisas e lanço aqui um apelo para que sugiram e pensem em estratégias para superar este desconforto.
Zeca Peres
14 Comments:
Detesto ficar no meio, Zeca!
Prefiro escadas, nesse caso! lololololol
amigo zeca, aqui fica uma prenda repetida porque as pessoas não se repetem e a imaginação não é muita
um abraço daqueles t deixo Eu
Zeca, olá!
Tudo de bom para ti, para os teus e para o mundo.
Que para o ano os elevadores sejam mais fortes.
Abraços.
Votos de um feliz Natal.
Realmente tem razão! É fantástico como o comportamento das pessoas é sempre tão semelhante, mesmo que os feitios de cada uma se diferencie!
Fantástico!
Zeca,
Comportamentos atípicos dessa complexa correria do dia-a-ida. Pós modernidade meu amigo.
Há os que "sacaneiam" dentro do cubíulo...(risos)
Abraços para tí!
Desejo-te muita Paz, Amor, Prosperidade e Fé neste ano que se anuncia.
FELIZ 2007!!
Que no Ano Novo:
- se ouçam as palavras que sempre desejámos ouvir;
- se pronunciem as frases que um dia desejámos repetir;
- se sintam as emoções que sempre esperámos sentir;
- se caminhe pelos caminhos que um dia desejámos seguir;
- possamos dividir o carinho com quem sempre desejámos repartir;
- abracemos todos os amigos que sempre desejámos reunir;
- e possamos viver a vida que sempre sonhámos existir...
Um Feliz 2007!!!
Aproveitando umas boas horas livres neste 1º do ano vim passear por tua coleção de blogs. Muito legal isto tudo, Zeca! Este texto aqui me faz dar boas risadas ... e é tudo verdade. Feliz Ano Novo!
Beijinho
Os teus blogs continuam a ser unicos :)
Feliz 2007 Zeca ***
Bom 2007!
Boa semana!
O truque é simples... uma boa bufa resolve a questão!
Boa semana ...
É por essas e por outras que não há nada como um belo exercício físico subindo pelas escadas. Não é o meu caso; esse, é mesmo clautrofobia.
Aguardamos o seu regresso.
Até breve.
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